O Menino Que Queria Roubar Aviões
Fabinho é um menino de pele clara e olhos escuros, lindíssimo!
Qualquer menina de quinze anos teria que fazer malabarismos para não se apaixonar.
Por saber da minha paixão por historias, sentou-se na calçada e me contou do seu sonho de criança:
-Quando criança meu sonho era roubar aviões!
-Roubar aviões?! _exclamei.
Ele riu da minha aguçada e pontiaguda curiosidade e prosseguiu. Contou-me que, de onde morava, sempre avistava pequenos aviões no céu. Decorou os horários em que eles passavam e assim que o tempo se aproximava, corria para a varanda e, ansioso, esperava.
Segundo Fabinho, naquele tempo, ele ainda não sabia ler relógio e por isso quem ditava as horas era o céu:
-Quando o sol já estava fraco, e começava a se esconder atrás do muro alto, era hora de ir ver aviões! –me confessou com um sorriso grande nos lábios.
Assim que os aviões passavam, Fabinho se esticava todo: levantava as mãos, abria os dedos e ficava na ponta dos pés.
Mesmo se fazendo o mais alto que podia, o pequeno avião escapava por entre seus dedos.
E ai acontecia a frustração.
Nunca ninguém levou a serio os olhos tristes do menino quando voltava da varanda.
-O Fabinho e esses aviões! É sempre a mesma história! _dizia a irmã mais velha com voz de quem pensa entender de dor.
Um dia seu avô o vendo cabisbaixo, devagar, se aproximou:
-O que houve, Fabinho? Quer conversar?
-São os aviões, vovô. Nunca consigo toca-los, estico meus braços, me ponho na ponta dos pés e nada! Eles se vão pra longe e eu os quero pra mim. _falou em voz pequena.O avô riu.
Mas não um riso alto e de pouco caso.
Riu um riso de quem compreende o que é ser menino.O avô sentou-se, o trouxe para perto, e falou:
-Fabinho, meu pequeno menino, lá de cima o avião te vê pequeno, como formiga! Mas eu posso te contar um segredo que fará com que seu coração fique, a cada dia, mais perto do céu.
-Como a gente faz pra ficar mais perto do céu, vovô?
-A gente fecha os olhos e acredita!
-Acredita em quê?
-Acredita em Deus! Acredita que, amanhã, a vida pode ser mais bonita, e pede pra Deus acreditar na gente; porque só gente como a gente pode fazer o mundo se tornar um lugar melhor.
Fabinho, sem entender muita coisa abraçou o avô e guardou as palavras para quando elas fizessem sentido. Afinal, o tempo sempre decifra esses enigmas que a gente leva no bolso. Ou não.
O tempo passou e Fabinho percebeu as grandes verdades na voz de seu avô.
Hoje o menino, que já não é mais menino, aprendeu que amando a Deus é possível ficar mais perto do céu. Quando passa avião, Fabinho sorri, fecha os olhos, e coloca o coração lá em cima, perto das nuvens e de Deus.
Nota: Ouvi a historia de Fabinho cerca de cinco anos atrás e prometi , para mim mesma, que um dia escreveria sobre ela. Afinal, não é sempre que a gente encontra uma história tão doce dando sopa por aí, não é?!
Qualquer menina de quinze anos teria que fazer malabarismos para não se apaixonar.
Por saber da minha paixão por historias, sentou-se na calçada e me contou do seu sonho de criança:
-Quando criança meu sonho era roubar aviões!
-Roubar aviões?! _exclamei.
Ele riu da minha aguçada e pontiaguda curiosidade e prosseguiu. Contou-me que, de onde morava, sempre avistava pequenos aviões no céu. Decorou os horários em que eles passavam e assim que o tempo se aproximava, corria para a varanda e, ansioso, esperava.
Segundo Fabinho, naquele tempo, ele ainda não sabia ler relógio e por isso quem ditava as horas era o céu:
-Quando o sol já estava fraco, e começava a se esconder atrás do muro alto, era hora de ir ver aviões! –me confessou com um sorriso grande nos lábios.
Assim que os aviões passavam, Fabinho se esticava todo: levantava as mãos, abria os dedos e ficava na ponta dos pés.
Mesmo se fazendo o mais alto que podia, o pequeno avião escapava por entre seus dedos.
E ai acontecia a frustração.
Nunca ninguém levou a serio os olhos tristes do menino quando voltava da varanda.
-O Fabinho e esses aviões! É sempre a mesma história! _dizia a irmã mais velha com voz de quem pensa entender de dor.
Um dia seu avô o vendo cabisbaixo, devagar, se aproximou:
-O que houve, Fabinho? Quer conversar?
-São os aviões, vovô. Nunca consigo toca-los, estico meus braços, me ponho na ponta dos pés e nada! Eles se vão pra longe e eu os quero pra mim. _falou em voz pequena.O avô riu.
Mas não um riso alto e de pouco caso.
Riu um riso de quem compreende o que é ser menino.O avô sentou-se, o trouxe para perto, e falou:
-Fabinho, meu pequeno menino, lá de cima o avião te vê pequeno, como formiga! Mas eu posso te contar um segredo que fará com que seu coração fique, a cada dia, mais perto do céu.
-Como a gente faz pra ficar mais perto do céu, vovô?
-A gente fecha os olhos e acredita!
-Acredita em quê?
-Acredita em Deus! Acredita que, amanhã, a vida pode ser mais bonita, e pede pra Deus acreditar na gente; porque só gente como a gente pode fazer o mundo se tornar um lugar melhor.
Fabinho, sem entender muita coisa abraçou o avô e guardou as palavras para quando elas fizessem sentido. Afinal, o tempo sempre decifra esses enigmas que a gente leva no bolso. Ou não.
O tempo passou e Fabinho percebeu as grandes verdades na voz de seu avô.
Hoje o menino, que já não é mais menino, aprendeu que amando a Deus é possível ficar mais perto do céu. Quando passa avião, Fabinho sorri, fecha os olhos, e coloca o coração lá em cima, perto das nuvens e de Deus.
Nota: Ouvi a historia de Fabinho cerca de cinco anos atrás e prometi , para mim mesma, que um dia escreveria sobre ela. Afinal, não é sempre que a gente encontra uma história tão doce dando sopa por aí, não é?!
Por: Luciana Leitão
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